Financiamento

Aviso 2018 - Repensar Rios e Ribeiras


As principais causas de impactes negativos sobre o estado das massas de águas estão interligadas e incluem, a par das atividades económicas, como a produção de energia, a indústria, a agricultura e o turismo, as alterações climáticas e os usos dos solos, com destaque para o desenvolvimento urbano em certas zonas do território. As pressões daí decorrentes assumem a forma de descargas de poluentes, de utilização excessiva da água, de alterações físicas das massas de água e do seu regime hidrológico e de alterações dos ecossistemas.

Importa assim proteger o ambiente aquático contra os danos causados pelas emissões poluentes, restaurar o funcionamento dos sistemas naturais e combater a perda de biodiversidade e, ao mesmo tempo, assegurar o fornecimento de água de qualidade às populações e às atividades económicas, protegendo -as dos fenómenos hidrológicos extremos, como as cheias e as secas.

As grandes variações climáticas, morfológicas e de substrato que caracterizam o território nacional permitem que o mesmo funcione como suporte a uma elevada diversidade faunística e florística, com abundância de espécies endémicas, algumas classificadas como vulneráveis, que releva preservar.

No quadro da ENEA 2020, enquadra -se o desenvolvimento de mecanismos eficazes para garantir o envolvimento e responsabilização das partes interessadas, especialmente dos cidadãos na proteção dos recursos hídricos, adequando -se os mecanismos a utilizar não só à realidade social, cultural e institucional mas também à dimensão territorial do país.

É essencial promover a sensibilização e informação do público para a importância da qualidade e quantidade da água, bem como dos ecossistemas associados, incentivando uma cidadania e participação ativa do público.

Trata -se, assim, de fazer corresponder a tendência dos cidadãos valorizarem os valores ambientais, como o recurso água, à concretização de ações reais e locais (por exemplo, adoção de troços de rios e ribeiras).

Neste contexto, dando seguimento ao investimento realizado em 2017, e reconhecendo -se o trabalho meritório que vários agentes de educação ambiental têm desenvolvido nos últimos anos, constata -se ainda a necessidade de efetuar investimentos que conduzam a uma alteração de comportamentos efetiva e orientada para a prossecução dos três pilares da política ambiental referidos, em particular para o pilar “Valorizar o Território”.

Assim a ENEA 2020 prevê a execução de 16 medidas enquadradas pelos objetivos estratégicos, Educação Ambiental + Transversal, Educação Ambiental + Aberta, Educação Ambiental + Participada, sendo que o presente Aviso contribui para a prossecução das medidas #3, #4, #5, #11, #12 e #15.

As iniciativas a desenvolver no quadro do presente Aviso devem prosseguir os referidos pilares essenciais, em particular o pilar “Valorizar o Território” e estimular a colaboração entre agentes de Educação Ambiental, fomentando sinergias e otimizando recursos disponíveis.

Neste contexto, o Fundo Ambiental estabelece -se como a plataforma de investimento no apoio de políticas ambientais para a prossecução dos objetivos do desenvolvimento sustentável, financiando entidades, atividades ou projetos que contribuam para a capacitação e sensibilização em matéria ambiental.


 

Beneficiários

Constituem beneficiários elegíveis às ações enquadradas nos objetivos e tipologias do presente Aviso:

  • Administração direta, indireta e autónoma;
  • Setor Empresarial do Estado e Local;
  • Estabelecimentos de ensino;
  • Universidades e Institutos Politécnicos;
  • Centros de Investigação;
  • Empresas independentemente da sua forma jurídica;
  • Associações não compreendidas no ponto seguinte e Fundações;
  • Organizações Não Governamentais de Ambiente e equiparadas, e associações de âmbito local.

 


 

Âmbito geográfico


São elegíveis projetos localizados em todo o território nacional.

 


 

Dotação financeira e taxa máxima de cofinanciamento


A dotação máxima do Fundo Ambiental afeta ao presente Aviso é de € 623.000 (seiscentos e vinte e tres mil euros).

(de acordo com o Despacho n.º 7302/2018 altera a dotação prevista no Aviso n.º 3771 -B/2018, do Fundo Ambiental, designado Educação Ambiental + Sustentável: Repensar Rios e Ribeiras, publicado no Diário da República n.º 57, 2.ª série, de 21 de março de 2018)


As taxas máximas de cofinanciamento são as seguintes:


— 70 % (setenta por cento), incidindo sobre o total das despesas elegíveis, com cofinanciamento limitado a € 50.000 (cinquenta mil euros) por operação para os seguintes beneficiários:

  • Administração direta, indireta e autónoma;
  • Setor Empresarial do Estado e Local;
  • Estabelecimentos de ensino;
  • Universidades e Institutos Politécnicos;
  • Centros de Investigação;
  • Empresas independentemente da sua forma jurídica;
  • Associações não compreendidas no ponto seguinte e Fundações.

 

— 95 % (noventa e cinco por cento), incidindo sobre o total das despesas elegíveis, com cofinanciamento limitado a € 50.000 (cinquenta mil euros) por operação para os seguintes beneficiários:

  • Organizações Não Governamentais de Ambiente e equiparadas, e associações de âmbito local.

 

Não são financiados projetos que tenham já sido anteriormente objeto de financiamento público nacional ou comunitário.

 


 

Apresentação de candidaturas

 

O período para a receção de candidaturas decorrerá até às 18:00 horas do dia 23 de abril de 2018, sendo excluídas as candidaturas submetidas após termo do prazo.

As candidaturas devem ser submetidas através da página eletrónica do Fundo Ambiental, onde irá figurar o Aviso Educação Ambiental + Sustentável: Repensar os Rios e Ribeiras, com a documentação aplicável e ligação para o formulário da candidatura.

 


 

Candidaturas aprovadas para financiamento

 

  • Associação Geopark Estrela
  • Trevo Floresta Agricultura e Ambiente, Lda
  • Associação PATO - Associação para a Defesa do Paul de Tornada
  • ASPEA - Associação Portuguesa de Educação Ambiental
  • Ciência Viva - ANCCT
  • Águas do Norte, SA
  • ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
  • GEOTA -Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
  • Município de Seia
  • ADERES – Associação de Desenvolvimento Rural Estrela-Sul
  • MARCA-Associação de Desenvolvimento Local
  • Escola Secundária Alves Martins
  • FAPAS Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens
  • Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA)
  • Associação Almargem - Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve
  • Município de Vila Nova de Famalicão
  • Câmara Municipal de Braga