Relatório Anual de Atividades 2021-22 | FAPAS
Na construção do plano de ação anual, reconhece-se a educação ambiental como prioritária nas políticas públicas e a necessidade da sua promoção e desenvolvimento nos estabelecimentos de ensino desde o pré-escolar até ao ensino secundário.
Considerando ainda a relevância das orientações de política, houve sempre a preocupação de não se perder de vista os documentos e a legislação que serve de referencial e de suporte à educação ambiental para a sustentabilidade. Na definição das atividades, tal como se observa na descrição de cada uma, houve a preocupação de ir ao encontro de referenciais que garantam a prossecução dos objetivos comuns às politicas de ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Os documentos considerados orientadores e estruturantes para as atividades do Centro de Formação da FAPAS foram a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável 2020 (ENEA), os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Agenda 2030, a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), a Estratégia da União Europeia para a Conservação da Biodiversidade 2020 (ENCB), o Referencial para a Educação para a Sustentabilidade (pré-escolar até ao ensino secundário) (RES) e ainda o Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO).
De acordo com a ENEA – que orienta a sua ação em três eixos fundamentais: descarbonizar a sociedade, tornar a economia circular e valorizar o território – a estratégia para a educação ambiental passa pela capacitação de toda sociedade civil, empresas, decisores e técnicos da administração local, regional e central, com especial ênfase nas crianças e jovens, para uma cidadania interventiva e com espírito crítico, capaz de promover a alteração dos comportamentos, tornando todos mais responsáveis e conscientes na forma de atuação, enquanto cidadãos responsáveis pelo futuro sustentável do planeta Terra.
A educação ambiental, como se realça neste documento, deve ser vista como uma aprendizagem de todos ao longo da vida, de modo a promover uma cidadania informada e ativa que garanta o compromisso de cada um e das instituições a que pertencemos, no sentido de promoverem uma cultura de corresponsabilidade para um futuro mais sustentável. Educar para a sustentabilidade pressupõe ser-se capaz de incrementar elementos que contribuam para processos de construção e consensos estruturais duráveis entre as diversas forças sociais e económicas, mobilizando os cidadãos para a aquisição de valores, políticas e práticas ambientais individuais e coletivos de sã relação com o território. Além disso, o processo de educação deve pautar-se por um discurso aberto, reflexivo e crítico sobre problemas ambientais, a sua prevenção e a sua resolução.
A educação ambiental deve ainda considerar a biodiversidade e a geodiversidade como essenciais para a sustentabilidade e para assegurar condições fundamentais para a qualidade de vida. Deve ainda reconhecer que a economia e a gestão constituem áreas fundamentais para a identificação de soluções que contribuam para a promoção da sustentabilidade